quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

[Review] Nexus 5 numa prespectiva pessoal

Pela primeira vez, possuo aquilo que qualquer geek desejaria ter, principalmente aquele que conhece a plataforma Android desde o seu inicio, antes até do aparecimento do primeiro smartphone oficial do Google, o HTC Dream.



Depois de um HTC Magic, Sony-Ericsson X10, HTC Desire Z e Sapo A5, chega para as minhas mãos um Nexus 5 da LG, o meu primeiro smartphone oficial do Google.


Ainda estive a pensar seriamente num LG G2 ou um HTC One (o Samsung Galaxy S4 já saia muito fora do preço), que ficavam mais ou menos ao mesmo preço e com características muito apetecíveis mas desta vez decidi adquirir um Nexus, por mais pontos fortes ou fracos que ele pudesse ter. Será que foi a melhor opção? 

Minha utilização diária:
Comprei o Nexus 5 no dia 1 de Dezembro, e tenho tido uma utilização média/intensiva. Ele, neste momento, consegue perfeitamente substituir o meu portátil para as tarefas do dia-a-dia, nomeadamente redes sociais, navegação internet, mail, feeds, documentos (word e pdf essencialmente), agenda pessoal. Ainda o uso como leitor de musica, vídeos, camera fotográfica. Por fim, faz chamadas e envia sms :) 
Nota: WiFi, 4G e localização via Wifi sempre activos. 




Pontos principais pelos quais compro um smartphone: 
Quando pretendo comprar um smartphone (e já o faço desde a época dos windows mobile), além da capacidade do sistema operativo (neste caso, prefiro o Android ao iOS e/ou BlackBerry OS, mas este poderá ser um tema para outro assunto), vem em primeiro lugar a qualidade de ecrã, pois é o nosso output e input constante e tem de ser de muito boa qualidade.
Em segundo lugar a bateria, pois sendo o smartphone um autentico computador de bolso e máquina fotográfica que faz chamadas, convém que dure um dia inteiro (pelo menos entre 24 a 30h).
Em terceiro lugar vem a qualidade de construção do equipamento, porque só assim é que este pode ter uma durabilidade e resistência mais prolongada e justificar o investimento. Afinal, estamos a falar dum smartphone que em Portugal custa 550 euros.
E, por fim, a qualidade do processador. Não tem de ser rápido ou o mais rápido, mas tem de ser bom, que consuma pouco, que aqueça pouco e que permita ter um manuseamento do equipamento com o mínimo de atrasos possível e assim aumentar a nossa produtividade. Existem no mercado muitos quad-core que conseguem consumir mais energia e são mais lentos que alguns dual-core. O bom exemplo de um arquitectura deste tipo é o Moto X (disponível apenas nos EUA).
O resto das características são um extra e muito bem vindas para o meu uso diário, e refiro-me aos outros sensores (luminosidade, aproximação, GPS, compasso, etc) e outras que não uso mas que um dia poderei usar com bastante frequência, nomeadamente o NFC.  

Pontos fracos:
- Bateria: Logicamente que, com uma utilização que me faz substituir o próprio portátil para as tarefas normais, a bateria acaba por me durar entre 12 a 15h numa utilização intensiva e entre 16h a 20h numa utilização média (neste tipo de utilização, tento mesmo evitar visualizar videos, camera fotografica, etc). Depois, o ecrã é das coisas que mais absorve bateria (ecrã 5 polegadas com resolução full HD), e daí que a LG poderia ter investido numa bateria com a capacidade ligeiramente maior. 
- Preocupação constante em riscar a lente da camera traseira.
- Qualidade da camera frontal relativamente fraca.
- Posição das colunas. Quando estamos a jogar ou a ver um filme em posição horizontal, acabamos por tapar a saída do som de sem querer.    
- Não vem com auriculares. Já experimentei outros auriculares, nomeadamente da Nokia e da ZTE (que vinham com o Sapo A5) e não funcionam nada bem. Tenho de procurar uma alternativa para poder atender chamadas enquanto conduzo, por exemplo. 
- Recurso quase obrigatório à cloud ou a USB Host + pen ou disco externo, visto que 16 Gb não chegam. 
- Tamanho. Não é propriamente um ponto fraco (pois é tudo uma questão de hábito) e embora não tenha umas mãos que considere grandes, as vezes a utilização de apenas uma mão consegue ser uma ginástica constante, principalmente para chegar a um elemento posicionado no topo do ecrã. É um pouco comprido e largo para o funcionamento confortável com uma mão. No entanto com algum hábito, é possível conseguir o manuseamento eficaz do mesmo. 



Pontos fortes:
- Qualidade de construção. Embora a parte de trás deixe as marcas habituais dos dedos, principalmente se tivermos as mãos ligeiramente suadas, não é algo que me impressione. O ecrã este tem um Gorila Glass 3, que não precisa de apresentações, e o resto do equipamento é revestido por um material plástico tipo mate, bastante macio ao toque, mesmo não sendo alumínio ou ligas de metal, tem uma boa resistência. Os botões de volume e power são feitos de um material à base de cerâmica, pelo que fui pesquisar, de muito boa qualidade. Além disso, não range quando o torcemos um pouco, o que sugere boa solidez de construção. 
- Qualidade do ecrã. 5 polegadas, resolução full HD 1080p, tecnologia True HD IPS+ e praticamente sem bordas laterais quando está na posição vertical. Acho que só vendo ao vivo é que se tem uma noção exacta da qualidade deste, nomeadamente para ler documentos, até nos esquecemos que tem apenas 5 polegadas. No entanto as 5 polegadas estão no limiar máximo admitido para um smartphone. O ideal seria entre as 4.3 e 4.7 polegadas. No entanto, consegue-se agarrar bem e escrever com uma mão, após algum tempo de adaptação (não esquecer que vim de um Sapo A5 com 3.5 polegadas de ecrã).
- Qualidade de processamento e gráfico. Um Snapdragon 800 da Qualcomm, quad-core a 2.3 GHz. O processador mais potente do mercado android. Não admira que tudo no KitKat 4.4.2 seja tão fluido e rápido. 
- Camera traseira. É uma boa camera fotografica, filma em full HD a 30 fps, consegue-se tirar umas boas fotos, embora outras nem tanto, tem opção HDR+, enfim, não é tão boa como a camera do iPhone 5S, na minha opinião, mas consegue boas prestações. Também, para tirar qualquer outra foto com mais qualidade, tenho a minha Fujifilm X10. Fotos ocasionais ou inesperadas, chega e sobra para o que se pretende. Acrescenta um pouco de ruído nas imagens em locais interiores com pouca luz.  
De salientar, que serve muito bem para tirar fotos de documentos. A visibilidade com que os documentos ficam são de grande qualidade.
Já li muitas reviews, e dizem que esta é uma das características menos boas do smartphone. Mas para quem gosta de fotografia sabe ver, que embora hajam diferenças entre as várias cameras fotográficas de smartphones no mercado, estas são minimas quando comparadas por uma máquina dedicada ao assunto. E no entanto esta não me parece assim tão má face à concorrência e as diferenças não são assim tão gigantes que me levem a dar mais 100 ou 200 euros por outro smartphone com uma camera melhor. É como comparar a qualidade dos ecrãs dos actuais top de gama: têm as suas diferenças, tecnologias diferentes e tal, mas são tão pequenas as diferenças, que para mim enquadram-se todas no patamar do excelente. 
- Qualidade sonora das chamadas de voz e de gravação. Como costumo fazer muitas chamadas de voz e gravação, este smartphone surpreendeu-me muito pela positiva nessa aspecto. Mas eu também venho de um Sapo A5, onde a qualidade sonora e de gravação era abaixo do mínimo desejável. 
- Peso e espessura. Extremamente leve para um equipamento com o tamanho que tem e fino o suficiente para ter uma sensação ergonómica na mão.
- Led de Notificações. Discreto, com várias cores e bem posicionado. Tem me dado muito jeito.
- Actualizações constantes do Google. O que é certo, é que esta é uma das mais valias do equipamento. Actualizações oficiais constantes e rápidas (só esperei uns 3 dias até ter a actualização 4.4.2) e grande comunidade Android em redor deste equipamento.

Foto tirada durante o dia

 Foto tirada com HDR+ activo no mesmo local


Pensamentos finais: 
Resumindo e concluindo, o Nexus 5 consegue muito boa prestação.
Tem um excelente ecrã, qualidade de construção muito sólida e e o melhor processador do mercado. Além disso, todos os extras como sensores, GPS, qualidade das colunas, qualidade audio das chamadas de voz, etc, cumprem as suas funções, com bons desempenhos e recomendam-se.
Um ponto que não está de acordo com este panorama, é mesmo a bateria. Quer dizer, não me posso queixar da bateria, porque eu penso que tenho uma utilização intensiva, pois o telemóvel consegue dias de bateria se desligar o wifi e o 4G, mas assim perde todo o seu propósito de computador de bolso e/ou internet device. Não ficaria mal uma bateria de 2800 mAh ou 3000 mAh como a do LG G2, mas provavelmente, só iria carecer o equipamento. De qualquer das maneiras, a bateria é razoável e para já tem chegado, depois de alguns truques para optimizar da melhor maneira a sua duração.
Muito provavelmente o LG G2 e/ou o HTC One conseguiram colmatar este problema mantendo ou até superando todas as outras características descritas atrás, mas não é um Nexus :)

2 comentários:

  1. Engraçado. Um dos pontos fracos para mim e mesmo a câmara traseira/principal. Com pouca luz e inútil. Durante o dia é apenas razoável.

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  2. Não é das melhores cameras para smartphone mas também não e das piores. Cumpre bem a função, se bem que há melhores, indiscutivelmente que há.

    Vou colocar um sample que tirei da camera em HDR+ com pouca luz.

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